Falar sobre testosterona em mulheres ainda é quebrar um tabu. O hormônio, erroneamente visto como “exclusivamente masculino”, desempenha papéis vitais na saúde feminina, incluindo humor, energia, massa óssea e, claro, a libido. Mas a sua aplicação terapêutica é um campo delicado, que exige conhecimento e muita cautela. Então, quando a testosterona em mulheres é realmente uma opção?
A principal indicação: transtorno do desejo sexual hipoativo
A indicação mais bem estabelecida para o uso de testosterona em mulheres, segundo consensos globais, é para o tratamento do Transtorno do Desejo Sexual Hipoativo (DSH) em mulheres na pós-menopausa. Ou seja, uma perda de libido angustiante e persistente que não pode ser explicada por outras condições médicas, problemas de relacionamento ou medicamentos.
A importância das doses: micro-doses são a chave
Aqui está o ponto mais crítico: as doses para mulheres são uma fração minúscula das doses usadas em homens. O objetivo não é atingir níveis masculinos, mas sim restaurar os níveis para a faixa fisiológica normal de uma mulher jovem e saudável. Usar preparações masculinas é um erro grave e perigoso.
Riscos e efeitos colaterais: o perigo da virilização
Quando as doses são excessivas, surgem os efeitos colaterais de virilização (desenvolvimento de características masculinas), que podem ser irreversíveis:
- Acne e pele oleosa.
- Crescimento de pelos no rosto e corpo (hirsutismo).
- Queda de cabelo de padrão masculino.
- Engrossamento da voz (irreversível).
- Aumento do clitóris (irreversível).
Por isso, o tratamento deve ser sempre supervisionado por um médico experiente, com monitoramento regular dos níveis hormonais e dos sintomas. A testosterona pode ser uma ferramenta valiosa para a qualidade de vida de algumas mulheres, mas o seu uso deve ser criterioso e seguro. Para entender o contexto hormonal completo, nosso guia principal é a referência.
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