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Artrite Enteropática: fisiopatologia, diagnóstico e tratamento

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A artrite enteropática é uma manifestação articular associada a doenças inflamatórias intestinais (DII), como a doença de Crohn e a retocolite ulcerativa.

Índice

A artrite enteropática é uma manifestação articular associada a doenças inflamatórias intestinais (DII), como a doença de Crohn e a retocolite ulcerativa. Esta publicação abordará detalhadamente os principais aspectos clínicos, fisiopatológicos e terapêuticos dessa condição, além de explorar sua relação com o esqueleto periférico e axial.

Fisiopatologia da Artrite Enteropática

A base da artrite enteropática envolve um processo inflamatório que conecta o trato intestinal às articulações. Patógenos como bactérias e outros antígenos intestinais ativam o sistema imunológico, promovendo uma resposta inflamatória que atinge tanto o intestino quanto o esqueleto periférico e axial.

  • Esqueleto periférico:
    Caracterizado por artrite assimétrica predominando em grandes articulações dos membros inferiores, como tornozelo e joelho.
  • Esqueleto axial:
    Pode incluir acometimento da coluna vertebral e das articulações sacroilíacas, especialmente em pacientes com HLA-B27 positivo.

Manifestações Clínicas e Diferenças Importantes

Acometimento Periférico:

  • A artrite periférica está frequentemente associada à atividade intestinal.
  • Em geral, melhora quando os sintomas intestinais são controlados.

Acometimento Axial:

  • Inclui sacroileíte e espondilite, com características semelhantes às da espondilite anquilosante.
  • Pode ocorrer de forma independente da atividade intestinal.

Os pacientes podem apresentar sintomas variados durante as crises presentes na Artrite Enteropática, incluindo lombalgia inflamatória, caracterizada por:

  1. Dor que piora à noite.
  2. Rigidez matinal que melhora com a movimentação.

Diagnóstico e Achados Laboratoriais

Os achados laboratoriais e de imagem complementam o diagnóstico na Artrite Enteropática:

  • Inflamação sistêmica: PCR e VHS elevados, que podem refletir tanto atividade intestinal quanto articular, o que é mais comum e nítido na Artrite Enteropática.
  • HLA-B27: Mais comum em pacientes com acometimento axial.
  • Anemia: Associada à doença inflamatória intestinal, podendo ser de origem ferropriva (por hemorragias gastrointestinais) ou de doença crônica.
  • Imagens: Ressonância magnética pode evidenciar edema ao redor das articulações sacroilíacas.

O tratamento da artrite enteropática requer uma abordagem integrada, que leve em conta tanto os sintomas articulares quanto as manifestações intestinais. A escolha da terapia depende do perfil do acometimento (periférico ou axial) e da gravidade da doença inflamatória intestinal (DII).

A artrite enteropática é uma manifestação articular associada a doenças inflamatórias intestinais (DII), como a doença de Crohn e a retocolite ulcerativa. Conheça mais da doença.

Glicocorticoides: alívio rápido da Artrite Enteropática, não manutenção

Os glicocorticoides podem aliviar sintomas articulares e intestinais rapidamente durante as crises presentes na Artrite Enteropática, mas não são indicados como terapia de manutenção devido aos seus efeitos colaterais a longo prazo. São geralmente utilizados em surtos agudos.

Uso Típico dos Glicocorticoides:

  • Para artrite periférica e sintomas intestinais intensos.
  • Ajuda a controlar inflamações severas em curto prazo.

Imunossupressores no acometimento periférico

Para pacientes com artrite periférica, imunossupressores como metotrexato e sulfassalazina são frequentemente utilizados. Esses medicamentos também beneficiam a atividade intestinal, tornando-se uma escolha comum em casos leves ou moderados.

Sulfassalazina e Metotrexato para o tratamento da Artrite Enteropática

  • Indicados para:
    • Artrite periférica.
    • Redução da inflamação intestinal leve.
  • Limitação: Ineficazes para acometimento axial, como sacroileíte e espondilite.

Atenção ao Acometimento Axial na Artrite Enteropática

O tratamento da artrite axial na Artrite Enteropática exige medidas específicas, uma vez que os imunossupressores tradicionais não são eficazes para a inflamação da coluna e articulações sacroilíacas.

Anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs):

  • Primeira linha no acometimento axial.
  • Porém:
    • Devem ser usados com cautela em pacientes com DII ativa, pois podem exacerbar os sintomas intestinais, especialmente em casos de doença fistulizante ou muito extensa.

Nota: Pacientes com contraindicações ao uso de AINEs podem necessitar de outras estratégias terapêuticas, como o uso de agentes biológicos.


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