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Garganta inflamada: causas, sintomas e diagnóstico

Saiba tudo sobre garganta inflamada: causas, sintomas, diagnóstico e tratamento com base nas diretrizes brasileiras.
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Índice

Você já sentiu aquela dor incômoda ao engolir, como se tivesse uma lixa na garganta? A garganta inflamada é um problema comum que afeta pessoas de todas as idades. Então, vamos a uma análise detalhada sobre esse assunto tão relevante para a saúde pública.

O que é a garganta inflamada?

A garganta inflamada, ou faringite, é a inflamação da faringe, região que conecta o nariz e a boca ao esôfago e à laringe. Não é só uma simples dor ao engolir; é um sintoma que pode indicar diversas condições, desde infecções virais até problemas mais graves. No Brasil, a garganta inflamada é uma das queixas mais comuns nos consultórios médicos e nas unidades de pronto atendimento. Além do desconforto individual, representa um impacto significativo na saúde pública devido ao absenteísmo escolar e laboral, sobrecarregando o Sistema Único de Saúde (SUS).

Epidemiologia da garganta inflamada

A faringite afeta milhões de pessoas anualmente ao redor do mundo. Populações mais afetadas incluem crianças em idade escolar e adultos jovens. Mas não é só isso… Idosos e pessoas com imunidade comprometida também estão em risco.

Dados no Brasil

Segundo o Ministério da Saúde, as infecções da garganta são responsáveis por uma grande porcentagem das consultas médicas no SUS. Fatores como clima, poluição e hábitos de higiene influenciam na prevalência da doença em diferentes regiões do país.

Anatomia e fisiologia da garganta

Para entender melhor, vamos explorar as estruturas envolvidas. A faringe é dividida em três partes:

  • Nasofaringe: localizada atrás do nariz.
  • Orofaringe: atrás da boca, é a região mais comumente afetada.
  • Laringofaringe: próxima à laringe.
Garganta inflamada: causas, sintomas e diagnóstico

Relação com outras partes do corpo

A faringe está conectada ao ouvido médio pelas trompas de Eustáquio, o que explica por que infecções na garganta podem afetar os ouvidos. Além disso, está próxima às cordas vocais, podendo influenciar a voz quando inflamada.

Principais causas de garganta inflamada

Então, quais são as causas? A garganta inflamada pode ser decorrente de:

  • Infecções virais: como resfriado comum, gripe e mononucleose.
  • Infecções bacterianas: a mais comum é a faringite estreptocócica causada pelo Streptococcus pyogenes.
  • Irritações: exposição a fumaça, poluição, ar seco ou esforços vocais excessivos.
  • Refluxo gastroesofágico: o ácido do estômago irrita a faringe.
  • Alergias: pólen, poeira e outros alérgenos podem desencadear inflamação.

Fatores de risco

Alguns fatores podem aumentar a predisposição para desenvolver uma garganta inflamada:

  • Idade: crianças entre 5 e 15 anos são mais suscetíveis.
  • Exposição a irritantes: fumar ou estar em ambientes com fumaça.
  • Ambientes fechados: escolas e escritórios facilitam a propagação de agentes infecciosos.
  • Sistema imunológico enfraquecido: devido a doenças ou tratamentos que comprometem a imunidade.

A inflamação ocorre quando agentes infecciosos ou irritantes agridem a mucosa da faringe. O organismo responde com um processo inflamatório, aumentando o fluxo sanguíneo e recrutando células de defesa. Isso resulta em dor, inchaço e vermelhidão.

Mecanismos envolvidos

  • Infecções virais: os vírus invadem as células da mucosa, causando danos diretos.
  • Infecções bacterianas: bactérias liberam toxinas que desencadeiam uma resposta imune mais intensa.
  • Irritação crônica: exposição prolongada a irritantes leva a alterações na mucosa, tornando-a mais suscetível.

Manifestações clínicas

Os sinais e sintomas variam conforme a causa, mas os mais comuns incluem:

  • Dor de garganta: sensação de arranhado ou queimação.
  • Dificuldade para engolir: conhecida como disfagia.
  • Rouquidão: especialmente se a laringe estiver envolvida.
  • Febre: mais comum em infecções bacterianas.
  • Gânglios linfáticos inchados: especialmente no pescoço.
  • Manchas ou placas: pontos brancos ou amarelados na garganta.

Complicações possíveis

  • Abscesso periamigdaliano: coleção de pus ao redor das amígdalas.
  • Febre reumática: complicação rara, mas grave, da infecção estreptocócica.
  • Glomerulonefrite: inflamação nos rins causada por reação imunológica.

Diagnóstico da garganta inflamada

Avaliação clínica

O profissional realiza um exame físico, observando a garganta com auxílio de um abaixador de língua e iluminação adequada. Ele verifica:

  • Edema
  • Presença de placas ou pus
  • Inchaço das amígdalas
  • Estado dos gânglios linfáticos
garganta inflamada, com edema e eritema

Exames laboratoriais

  • Teste rápido para estreptococo: detecta em minutos a presença do Streptococcus pyogenes.
  • Cultura de orofaringe: material coletado é incubado para identificar bactérias.
  • Hemograma: pode mostrar elevação dos leucócitos em infecções bacterianas.

Exames de imagem

Em casos complicados ou persistentes, podem ser solicitados:

  • Radiografia cervical: para avaliar obstruções ou abscessos.
  • Tomografia computadorizada: oferece imagem detalhada em três dimensões.

Diagnósticos diferenciais

Outras condições podem causar sintomas semelhantes:

  • Amigdalite: inflamação das amígdalas.
  • Laringite: inflamação da laringe, geralmente associada à rouquidão.
  • Mononucleose infecciosa: causada pelo vírus Epstein-Barr, com fadiga intensa.
  • Difteria: doença grave prevenível por vacina, forma uma pseudomembrana na garganta.

Tratamento da garganta inflamada

Agora, vamos falar sobre como tratar a garganta inflamada. O tratamento depende da causa subjacente, seja ela viral, bacteriana ou resultante de irritações.

Opções de tratamento

  1. Descanso e hidratação: Independentemente da causa, é fundamental manter-se bem hidratado e descansar. Água morna com mel e limão pode aliviar o desconforto.
  2. Analgésicos e antipiréticos: Medicamentos como paracetamol ou ibuprofeno ajudam a reduzir a dor e a febre. As doses recomendadas são:
  • Paracetamol: 500 mg a 1 g a cada 6-8 horas, não excedendo 4 g por dia.
  • Ibuprofeno: 400 mg a cada 6-8 horas, máximo de 1,2 g por dia.
  1. Pastilhas e sprays: Produtos com anestésicos locais podem aliviar temporariamente a dor.

Tratamento de infecções bacterianas

Se a causa for bacteriana, especialmente estreptocócica, o uso de antibióticos é necessário.

Medicamentos de primeira escolha

  • Amoxicilina: 500 mg a 1 g por via oral a cada 8 horas, durante 10 dias.
  • Penicilina benzatina: dose única intramuscular de 1.200.000 UI.

Esses medicamentos estão disponíveis no SUS e são considerados seguros e eficazes.

Medicamentos de segunda linha

Para pacientes alérgicos à penicilina:

  • Azitromicina: 500 mg no primeiro dia, seguido de 250 mg do segundo ao quinto dia.
  • Claritromicina: 250 mg a cada 12 horas, durante 10 dias.

Tratamento para casos especiais

Se houver complicações ou o paciente apresentar resistência aos antibióticos comuns, pode ser necessário:

  • Cefalosporinas de segunda geração: como cefuroxima.
  • Avaliação hospitalar: em casos de abscesso ou outras complicações.

Valores de medicações no Brasil e no SUS

A maioria desses medicamentos está disponível gratuitamente no SUS ou a baixo custo nas farmácias populares. Isso facilita o acesso ao tratamento adequado para a população.

Tratamento multidisciplinar

Além da medicação, outras abordagens podem ser benéficas:

  • Fonoaudiologia: em casos de esforço vocal ou rouquidão persistente.
  • Suporte psicológico: para pacientes com ansiedade relacionada aos sintomas.
  • Nutrição: orientações sobre alimentos que não irritem a garganta, como sopas mornas e evitar comidas condimentadas.

Prevenção e controle da garganta inflamada

Melhor prevenir do que remediar, não é mesmo? Veja algumas medidas para evitar a inflamação na garganta.

Prevenção primária

  • Higiene das mãos: lavar as mãos regularmente reduz a transmissão de agentes infecciosos.
  • Vacinação: manter as vacinas em dia, como contra a gripe e difteria.
  • Evitar tabagismo: não fumar e evitar ambientes com fumaça.

Prevenção secundária

  • Rastreamento precoce: consultar um médico aos primeiros sinais de sintomas persistentes.
  • Exames preventivos: em casos de infecções recorrentes, pode ser necessário investigar condições subjacentes.

Campanhas de saúde pública

O Ministério da Saúde promove campanhas para conscientizar sobre a importância da higiene e vacinação. A participação da comunidade é essencial para o sucesso dessas iniciativas. Para garantir o melhor cuidado, profissionais de saúde seguem diretrizes baseadas em evidências.

Protocolos do Ministério da Saúde e do SUS

  • Protocolo de Faringoamigdalite Aguda: orientações sobre diagnóstico e tratamento adequados.
  • Uso racional de antibióticos: para evitar resistência bacteriana.

Diretrizes internacionais

  • Organização Mundial da Saúde (OMS): recomendações globais sobre manejo de infecções respiratórias.
  • Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC): orientações sobre prevenção e controle de doenças infecciosas.

Novidades e avanços recentes

A pesquisa médica está sempre evoluindo. Estudos recentes focam em:

  • Vacinas que previnam infecções estreptocócicas.
  • Novos antibióticos: desenvolvidos para combater bactérias resistentes.
  • Terapias complementares: como probióticos para melhorar a saúde imunológica.

Taxas de cura

  • Infecções virais: geralmente resolvem-se em 5 a 7 dias sem complicações.
  • Infecções bacterianas: com antibiótico adequado, os sintomas melhoram em 48 horas.

Impacto na qualidade de vida

Apesar de temporário, o desconforto pode afetar atividades diárias. Seguir as orientações médicas é crucial para uma recuperação rápida.

Possíveis complicações de longo prazo

  • Sequelas cardíacas: como febre reumática, embora raras, podem ocorrer se não tratadas.
  • Problemas renais: a glomerulonefrite pós-estreptocócica é outra complicação possível.

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