Teoria é uma coisa, prática é outra. Nós, Azoners, sabemos disso. Podemos falar sobre a tecnologia, os benefícios, a ciência… mas nada se compara à experiência humana real. Por isso, convidamos o Léo, 32 anos, diagnosticado com diabetes tipo 1 desde a adolescência, para testar um protótipo de tatuagem eletrônica que monitora glicose por 24 horas e nos contar tudo. Sem filtros. Este é o diário dele.
As primeiras impressões: ‘Isso é tudo?’
‘Quando me falaram em aplicar uma tatuagem eletrônica, eu imaginei algo… mais. Mais complicado, mais visível. O processo todo levou 3 minutos. Limparam meu braço, aplicaram o adesivo com água e pronto. Olhei no espelho e quase não vi. Era um desenho metálico sutil, parecia mais um acessório de moda. A primeira sensação foi de estranheza. Cadê o aparelho e a agulha? Cadê a dorzinha familiar da picada no dedo? Não tinha nada disso. Foi… silencioso.’
A manhã: o teste do café e o esquecimento
‘Meu primeiro teste de fogo: o café da manhã. Normalmente, é um momento de planejamento. Meço a glicose, calculo os carboidratos, aplico a insulina. Hoje, eu só olhei para o celular. O aplicativo mostrava minha glicemia em tempo real. 88 mg/dL. Estável. Tomei meu café, comi meu pão integral. Fiquei olhando o gráfico no celular subir lentamente, como uma pequena onda. O app me deu um alerta suave: ‘Tendência de alta’. Apliquei a insulina de correção. Sem drama, sem sangue. E o mais louco? Dez minutos depois, eu já tinha esquecido que o sensor estava no meu braço. Fui trabalhar, entrei em reuniões… e ele lá, trabalhando por mim, em silêncio.’
O gráfico que conta uma história
‘Durante o dia, me peguei olhando o app como quem olha uma rede social. Era fascinante ver a história do meu corpo sendo contada em tempo real. A pequena queda antes do almoço. A subida depois de comer. O efeito da caminhada que fiz no fim da tarde, estabilizando a curva. Pela primeira vez, eu não estava apenas reagindo a números isolados. Eu estava vendo o filme completo, entendendo as tendências.’
A noite: a tranquilidade de dormir monitorado
‘A noite sempre foi minha maior ansiedade. O medo de uma hipoglicemia noturna é real e aterrorizante. Eu sempre coloco um alarme para acordar de madrugada e medir. É exaustivo. Ontem à noite, eu configurei o alarme de ‘glicose baixa’ no aplicativo e… dormi. Dormi a noite inteira. Acordei hoje de manhã, olhei o gráfico. Minha glicose tinha caído um pouco por volta das 3h da manhã, mas se estabilizou. O alarme nem precisou tocar. Mas só saber que ele estava lá, vigiando por mim, me deu uma paz que eu não sentia há anos.’
O veredito do Léo: ‘Liberdade’
‘Se eu pudesse resumir essas 24 horas em uma palavra, seria liberdade. Liberdade das picadas, sim. Mas, mais do que isso, a liberdade mental de não ter que parar tudo para me preocupar com a glicose. A informação estava ali, passiva, contínua, invisível. Eu não era mais um ‘diabético medindo a glicose’. Eu era só o Léo, vivendo a minha vida, com uma ajuda tecnológica discreta no braço. Essa tecnologia não é apenas um avanço. É uma devolução. Ela me devolveu um pedaço da minha vida que eu nem sabia que tinha perdido.’
A experiência do Léo é um vislumbre do que está por vir. É a promessa de uma gestão do diabetes mais humana e integrada. Para entender a ciência por trás da experiência dele, confira nosso guia completo sobre as tatuagens eletrônicas.